Ao pôr-do-sol
Os Soldados se põem a postos
Sabem que logo entraram em batalha
A diária batalha em que todos conhecem o vencedor
E mesmo assim insistem em lutar
Dez Horas em ponto
De um lado os sonolentos
Do outro os despertos
E o único acordo é a guerra
Uma guerra sem armas
Sem tiros (mas com muito barulho)
Sem bombardeios (mas cabeças a despencar)
Sem navios ou aviões (mergulhos ou voos)
Sem cessar-fogo (apenas cessar-sono)
E um nico ferido (ou quase morto)
Eu (caído, mais ainda de pé).
Texto: Otávio M. Silva
Imagem: Dall-e 2
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